sexta-feira, 3 de abril de 2009

ENTREVISTA

Acompanhe o depoimento de um ex-fumante que venceu a barreira do comodismo.

Entrevistado: Marcelo Rocha, contador. 


O que significa na sua vida e na sociedade ser um ex-fumante?

Acredito que desde o primeiro dia que parei de fumar me senti com um peso a menos nas costas. Na verdade todo o fumante sabe do mal que o cigarro trás, o difícil é conseguir parar de fazer esse mal na sua vida. Ser ex-fumante pra mim é uma conquista, um exemplo que me afirma determinado. Agora quando frequento um bar posso responder ao garçom que pergunta: “mesa da área dos fumantes?”. Não senhor, sou agora um ex-fumante.


Já havia tentado parar outras vezes?

Tenho 29 anos, fumava desde os 18. Durante 10 anos tentei parar com o vício. Todas as tentativas foram fracassadas. Há um ano decidi parar com isso de vez, já estava fumando quase duas carteiras de cigarro por dia. E as alterações na minha saúde eram casa vez mais visíveis, a principal delas e a que mais me angustiava era a perda do fôlego. Não estou totalmente recuperado hoje, mas já me sinto bem melhor e retomando meus atos saudáveis com certeza voltarei a ser boa parte do que era antes. 


O que te fez parar de fumar e onde encontrou maior dificuldade?

A minha namorada me ajudou e incentivou. Como a amava muito sabia que ela estaria melhor ao lado de uma pessoa que não fumasse. Não querendo entregá-la a outro decidi parar com o vício. Medo de perder a razão da minha vida e também a minha própria vida. 

A crise de abstinência do tabaco tenho certeza que deve ser a mesma da maconha, cocaína e qualquer outra droga que cause tamanha dependência. Eu sentia dor de cabeça e muita ansiedade, além de mal conseguir me concentrar no trabalho. Um amigo me recomendou que tomasse mais água, não sei se adiantou muito. Acho que a minha força de vontade foi o fator decisivo. 

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